O livro 1968, O ano que não terminou, de Zuenir Ventura, faz uma reconstituição do ano 1968, com todos os seus detalhes. Da para imaginar todas as cenas. Conta uma realidade da época como se fosse um romance. Ele começa contando pelo Reveillon da casa da Helô. Dessa forma já começa a mostrar o que viria pela frente. Na festa, Zuenir conta com detalhes quem estava na festa, as roupas, a droga, enfim, tudo o que aconteceu naquela noite. Por-se um tanto detalhista, o autor conta ate o motivo da separaçao de Maria Lucia e Gustavo Dahl. Além disso,utiliza-se de depoimentois de pessoas que participaram ou que sao testemunhas daquele conturbado ano.
O autor descreve aspectos políticos, culturais, sociais daquela época e fatos curiosos sobre os personagens. Um exemplo é quando ele conta que em uma sexta-feira, dia seguinte as missa, de Edson Luís, o presidente Costa e Silva está em um clube no Rio Grande do Sul e tira sua esposa para dançar. Porem, a musica é Carolina, de Chico Buarque. Um contestador do regime de Costa e Silva.
Ele coloca todos os fatos. Fala de política, comportamento, tudo com muita precisão. Mostra os heróis e os vilões daquela geração, que lutava por seus idéias. Zuenir conta todos os movimentos daquele ano, como o AI-5, a Passeata dos Cem Mil, a morte, o velório e a missa de Edson Luís, entre outros. Fala também dos principais lideres estudantis, a até entrevista Vladimir Palmeira.
Dentro desse contexto, podemos citar muitas pessoas importantes como César Queiróz Benjamin, José Dirceu, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Vladimir Palmeira, Franklin Martins e Jean-Marc. O livro traz vários gêneros em suas páginas, desde trama até a comédia. Um exemplo de drama é quando ele conta da "Sexta-feira sangrenta" e um de comédia é o episódio da primeira experiência de Glauber Rocha com a maconha. Alem disso mostra como era a ditadura militar, os reformistas e os radicais.
Transcreve de forma brilhante como agia o PCB, o movimento dos intelectuais, as organizações estudantis. Conta também sobre o XXX Congresso da UNE em Ibíuna, a reunião pela implantação do novo Ato Institucional, entre outros o livro nos faz refletir sobre tudo o que os estudantes e a população passaram para conseguir "impor", demonstrar e reivindicar os seus direitos.
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